MÓDULO SOLIDÁRIO
2019 concepção
2020 projeto executivo
Projeto para um módulo de banho e lavanderia para população de rua no centro do Rio de Janeiro
Arquiteta: Vera Hazan
Colaboradores: Luciano Alvares e Roberto Lucas Jr.
Equipe: Carla Felix, Eduarda Bond, Federica Linares, José Luís Ferreira, Júlia de Queiroz, Ricardo Bayão e Raphael Younes
Localização: Avenida Chile, Centro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Engenheiros: Michel Araújo e Caio Cerqueira
Empreiteira: GYPCENTER
Cliente: Pastoral da População de Rua / Arquidiocese do Rio de Janeiro
A desigualdade social e a falta de urbanidade das grandes cidades brasileiras motivaram esse projeto realizado pelo Laboratório de Arquitetura Humanitária/ Escritório Modelo do Departamento de Arquitetura e Urbanismo em conjunto com a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Apesar de ter como principal público alvo as pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, e mais especificamente a população de rua, o projeto pretende atender a todos que tiverem necessidade de usá-lo, incluindo os trabalhadores informais e aqueles que estão de passagem pelo centro do Rio.
Com um programa definido junto à Pastoral da População de Rua, os módulos projetados oferecem sanitários públicos, chuveiros, lavanderia, bebedouros, salão de beleza, área para doação de roupas e livros e espaço para ensaio do coral e oficinas educativas. Para marcar essa iniciativa e reforçar o compromisso da Arquidiocese com os pobres, optou-se por instalar esse primeiro módulo dentro do terreno da própria Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, em uma área de fácil visibilidade e acesso, junto à Avenida Chile, próximo à passarela que liga a construção aos principais edifícios corporativos e institucionais da região.
O espaço, definido junto à instituição religiosa, anteriormente era utilizado como estacionamento rotativo. Com a crise econômica na cidade do Rio de Janeiro, boa parte dessa área tornou-se subutilizada e disponível para outros usos. O módulo solidário da Catedral Metropolitana faz parte de um projeto mais amplo, que pretende se multiplicar no futuro. Em função disso, procurou-se um sistema de baixo custo, fácil aplicação e adaptação a diversas situações e necessidades.
Para dar maior conforto térmico e criar uma maior interação entre os atendidos, propôs-se a criação de uma área coberta, com mesas e bancos, que se estende sob a copa da grande amendoeira presente naquele espaço. Pensada para a oferta de café da manhã, atividades educativas, ensaios e apresentações do coral da População de Rua, essa área pretende, sobretudo, criar maior empatia com o público externo, de forma a reduzir os atritos e mostrar a importância de projetos de integração social e geração de renda.
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